Falso progresso

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Muito se tem discutido sobre o progresso que o Brasil passa nos últimos anos, sempre utilizando a contestada ideologia de que o país caminha a longos passos para o desenvolvimento. Para referendar essa ideologia, várias projetos, fatos e números são apresentados diariamente nos mais diversos meios de comunicação.
Há poucos dias o Governo da Bahia divulgou uma nota afirmando que pretende melhorar algumas rodovias da Bahia. Até aí, tudo bem. O problema é o expediente que será utilizado, haja vista que para haver tais implementações, algumas rodovias serão privatizadas. Assim, o contribuinte será onerado duas vezes, pois os proprietários de veículos automotivos já pagam o famoso “IPVA”, cujos recursos advindos deste deveriam (mas não são) ser utilizados para promover melhorias nas estradas.
Todos os anos o Ministério da Educação e Cultura – MEC divulga o crescimento do número de universitários no Brasil. A questão é: sob quais condições? O fato é que o MEC promoveu um “boom” das universidades particulares no Brasil, mas o problema não é basicamente esse, e sim a falta de condições que muitas apresentam. (Obs. Existem excelentes universidades particulares no Brasil). São inúmeros os exemplos de faculdades que funcionam sem a existência de bibliotecas, sem falar da falta de estrutura de muitas que oferecem a modalidade de ensino a distância. É a velha máxima em que a quantidade substitui a qualidade. A educação está cada vez mais banalizada. Outro problema grave é o sucateamento que vive muitas universidades públicas brasileiras.
Outra questão interessante diz respeito aos programas sociais. Eles existem há alguns anos, e o governo, costumeiramente, divulga a ampliação do número de famílias beneficiadas. Se os programas sociais trabalhassem de forma correta, ou seja, sob a perspectiva do emprego e da autonomia, o mais coerente seria, a longo prazo, a diminuição do número de beneficiados. O problema é que os programas sociais são apenas assistencialistas.
É preciso que a sociedade esteja atenta para não se iludir com falsos progressos, caso contrário o Brasil será condenado, mais uma vez, a ser o “pais do futuro”, cujo projeto de país configura-se como algo fantasioso, medíocre e utópico. (www.samysantos.com.br).


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