Há alguns dias um programa de TV exibiu uma reportagem bastante interessante. A matéria contava a história de um jovem de 18 anos, que vivia na zona rural de Pernambuco, filho de agricultores. Essa família vivia com uma renda mensal de 109 reais, proveniente de programas de assistência social.
O jovem apresentado no programa sempre estudou em escolas públicas. Enfrentava, todos os dias, uma caminhada de 40 minutos e pegava duas conduções para ir à escola. O contexto de tal jovem apontava para o fracasso, afinal, eram tantas as dificuldades.
A vida, no entanto, apresenta surpresas maravilhosas, pois este jovem apresentado no programa de TV passou, sem ao menos frequentar um ano de cursinho pré-vestibular, em 1º lugar no curso de Medicina da Faculdade Federal de Pernambuco. Que belíssimo exemplo de vida e persistência.
Esse exemplo serve para ilustrar o papel preponderante que a educação tem na vida das pessoas, haja vista que é um importante instrumento de ascensão social. Ademais, serve para demonstrar que tudo é possível quando se cria objetivos sólidos e plausíveis.
Por outro lado, a todo o momento se observa exemplos de pessoas que têm tudo para brilhar, ter um futuro promissor, mas acabam desperdiçando o leque de oportunidades que a vida oferece.
Como professor, muitas vezes sinto-me triste em ver alguns educandos que possuem uma família estrutura, uma condição socioeconômica interessante, oportunidade de estudar em excelentes colégios e, mesmo assim, jogam pela “janela” um brilhante futuro. São muitos os casos de educandos oriundos de excelentes escolas e famílias que se envolvem com drogas, crimes, repetem o ano letivo e não obtêm sucesso nos vestibulares das grandes universidades.
Num país marcado pela desigualdade social, exemplos como o do jovem descrito nesse texto faz nascer a esperança em milhares de brasileiros, mais especificamente naqueles oriundos das classes populares. Quanto aos que têm oportunidades e as desperdiçam, é hora de refletir e estudar. (www.samysantos.com.br)
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