Pacientes com HIV sofrem mais com preconceito do que com o vírus

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Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz com 1.260 pessoas em tratamento antirretroviral mostrou que 65% dos pacientes avaliam o próprio estado de saúde como sendo bom ou ótimo -- saiba mais aqui. O mesmo documento diz que os pacientes sofrem em maior escala com problemas relacionados à interação social do que com a ação do vírus no organismo. Este percentual ficou 12 pontos percentuais acima da avaliação sobre o estado de saúde da população em geral. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (1/12), pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante cerimônia do Dia Mundial de Luta contra a Aids 2009, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

A pesquisadora titular da Fundação Oswaldo Cruz, Célia Landmann Szwarcwald, conversou com o Blog do Planalto sobre o resultado da pesquisa. Segundo ela, os pacientes avaliam bem o serviço público de saúde para o atendimento aos portadores do vírus por meio do SUS, mas queixam-se que os centros estão localizados nas grandes cidades.

Se por um lado os entrevistados destacaram como positivo o estado de saúde, a situação se contrasta com os problemas sociais e psicológicos que eles enfrentam. A pesquisa mostrou que entre as mulheres soropositivas, 33% dizem ter grau intenso ou muito intenso de tristeza ou depressão. Entre os homens soropositivos o índice ficou em 23%.

Além da pesquisa, o Ministério da Saúde divulgou a campanha publicitária Viver com Aids é possível. Com o preconceito não. O ministro Temporão informou também que o governo brasileiro vai construir uma fábrica de medicamentos genéricos de combate ao vírus HIV em Moçambique. Foram liberados recursos para o projeto que inclui também cursos de capacitação.

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