É coisa do DEMO e de seus alidos

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Por: Samy Santos

Há alguns anos, o mensalão era noticiado pela mídia. Segundo o então deputado Roberto Jefferson, O PT pagava uma mensalidade aos partidos aliados para aprovar emendas e projeto do governo. Tal esquema envolvia pessoas do alto escalão petista, a exemplo de Delúbio Soares, José Dirceu, José Genuíno, entre outros.
Na época, vários partidos de oposição, sobretudo o PSDB e o DEMO rechaçaram o mensalão (atitude coerente, caso não fosse um atitude eleitoreira e oportunista). Chegaram a cogitar até mesmo o impeachment do presidente Lula. Sob a bandeira da moral, idoneidade e lisura, políticos desses partidos asseguravam que tal prática jamais seria orquestrada por tais partidos e tampouco seria tolerada.
O envolvimento recente do governador do Distrito Federal, o democrata José Roberto Arruda, no novo mensalão, faz promover um repensar acerca da forma de agir de alguns partidos. Quando era o governo petista, a prática do mensalão era algo inescrupuloso, terrível, mas quando as evidências ferem os interesses do PSDB e DEMO, o discurso não é mais o mesmo: “é preciso analisar com cuidado”; “vamos dar um tempo para a defesa do governador”, são algumas das respostas encontradas, como se as imagens (com áudio) e as investigações da Polícia Federal não trouxessem provas cabais do esquema.
Até o momento 7 pedidos de impeachment foram protocolados na Câmara Legislativa do Distrito Federal, mas nenhum desses foram solicitados pelo DEMO ou PSDB, “defensores” da ética de outrora. Nesse contexto, o caso do DEMO é ainda mais grave, visto que até a não exclusão de Arruda do partido vem sendo cogitada. Percebe-se, no entanto, que várias denúncias também pesam sobre lideranças psdebistas, a exemplo de Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Geral e atual senador, acusado de peculato, lavagem de dinheiro e de promover o mensalão enquanto era governador.
DEMO e PSDB descobriram como é ruim fazer uma oposição suja e oportunista, e veem suas legendas mergulharem em uma crise singular. É preciso pontuar, todavia, que é de fundamental importância o trabalho dos partidos de oposição, mas aquele comprometido com os interesses do país e de seu povo.
Vestir-se sob a bandeira da ética e da moral não tem sido um caminho interessante para os partidos políticos brasileiros. Agora é observar a habilidade do DEMO e PSDB para controlar a crise que já se transformou num escândalo nacional. Vai ser preciso muita perícia. De qualquer forma, a tentativa de forjar uma imagem de ética e idoneidade partidária foi posta ao chão. Vale salientar que não se trata de apoiar, nessa discussão, os erros cometidos por alguns políticos petistas, mas de evidenciar a forma hipócrita como alguns partidos fazem política no Brasil. O ditado popular é claro: um dia é da caça, mas o outro é do caçador. Chega de hipocrisia. (www.samysantos.com.br)

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