Por: Samy Santos
A todo momento se fala das mulheres brasileiras, do samba, das belas praias, mas nada seduz tanto parte da sociedade quanto à corrupção. Essa praga (corrupção) está enraizada em todos os segmentos da sociedade, a exemplos de Igrejas, clubes, associações, na vida cotidiana e, é claro, na política, representante mais ilustre de tal prática.
A quantidade de denúncias divulgadas sobre a corrupção cresce de forma acentuada e confunde os eleitores, haja vista que é preciso catalogar os casos e os nomes dos políticos envolvidos, sob o risco de tais “feitos” caírem no ostracismo. Atualmente, pode ser até injusto dizer que o eleitor tem memória curta.
Nesse contexto, é difícil lembrar o que fizeram Georgina de Freitas, os anões do orçamento, Collor, Pascoal, os envolvidos no mensalão e, mais recentemente, Sarney. A memória dos eleitores pode até lembrar dos envolvidos em atos de corrupção, mas é difícil precisar as acusações que pesam sobre eles. É muita corrupção para pouca memória e um espaço curto de tempo.
A tônica do momento são as discussões que versam sobre o recebimento de propina por parte de José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal. Por meio de vídeos com e sem a autorização da justiça, vê-se de tudo: homem colocando dinheiro em meias e cueca, deputado/pastor que chama comparsas para orar e agradecer o “santo” dinheiro oriundo de corrupção, envolvidos debochando da propina conseguida. São cenas para todos os gostos.
A massificação pela qual passa a corrupção demonstra a incapacidade de o Brasil coibir e punir aqueles que desviam do erário. O grande problema é que dificilmente políticos vão para a cadeia no Brasil, mais difícil ainda é vê-los permanecer por muito tempo encarcerados.
Paulo Maluf, por exemplo, está, segundo um estudo internacional, entre os 10 maiores corruptos da história. Para se ter uma ideia da “grandeza” do feito de Maluf, ele é o único, entre os 10 que compõe a lista, que não era chefe de Estado. Onde ele está nesse momento? Preso? Que nada. Com certeza está gastando o dinheiro do contribuinte.
Não se moraliza um país sem punir criminosos. Enquanto grande parte da população tem uma vida alicerçada na ética e na moral, a outra usurpa os cofres públicos e debocha, sobretudo, da falta de critério dos eleitores e da ineficiência e morosidade da justiça brasileira. O cenário precisa mudar, e a punição é, sem dúvida, o melhor caminho. (www.samysantos.com.br)
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